Ai Meu Deus, Cangurus!! *-*: novembro 2015

No meu sétimo dia no Japão, acordei cedinho, fiz o check out no hotel cápsula, e segui então para a estação de trem. Deu um apertinho no coração quando vi Osaka ficando para trás, cidade na qual eu conheci tanta gente especial, tive tantas aventuras, e vi tanta coisa nova... Mas quão grande foi minha alegria quando comecei a entrar na área rural o Japão: florestas! Sim, euu nuuunca iria imaginar que o japão tinha florestas tão bonitas como as que eu vi. Lembrava as florestas tropicais do Brasil. Tinham bastante plantações de arroz também, e muitas montanhas!

Quando finalmente cheguei na Ichijima Station, paguei um orelhão e fiz uma ligação pro Shinji, o moço da fazenda na qual eu iria trabalhar. Ele logo chegou de carro, e foi super receptivo. Ele é um japonês muito amigável e já viveu alguns anos no Brasil, então foi bem divertido conversar um pouquinho em português com ele. Ele tinha um sotaque legal! Mas a maioria das nossas conversas foram em inglês, mesmo porque as outras voluntárias que viviam comigo e a mulher do Shinji não falavam português. Eu dividia o "quarto" com mais duas meninas: a Jumbo, de Hong Kong, e a Risako era do Japão mesmo, de uma parte mais ao norte. Elas eram beeeeeemmmmm sossegadas, a Jumbo geralmente ficava assistindo videos no celular nas horas vagas, e a Risako, lendo. A jumbo ficou comigo até meu último dia, no qual ela também foi embora. A Risako ficou com a gente só por 3 dias. Assim que eu cheguei lá fui almoçar, e a comida era bem típica japonesa, bem gostosa. Tinha arroz, pepino, e alguns outros legumes. O legal é que a fazenda é orgânica, então era tudo "do bom e do melhor", super ecologicamente correto hehehe.

Depois do almoço, tínhamos um tempo para descansar, e depois trabalhei no turno da tarde apenas (das 2 as 4). Tinha um galpão com várias peças de roupa, que nós voluntárias podíamos pegar emprestado para trabalhar. Óbvio, nós éramos responsáveis por lavar essas roupas depois. Eu colhi alguns legumes e depois rocei um lote (hahahahah isso soou tão estranho). Como foi minha primeira vez fazendo esse trabalho manual, terminei o dia com uma bolha estourada na minha mão, sangrando. Mas nada demais, na verdade foi uma dorzinha gostosa.

Vejam mais detalhes nas fotos:

Plantação de Arroz

O trem~

Montanhas!!

Olhem que lindo!!!!!!

Bem vindo à Tanba!! Ichijima Station <3

Então foi aqui, na frente da estação dessa pacata cidadezinha do inteiror, na qual eu esperei pelo Shinji ir me buscar de carro.

O orelhão da estação Ichijima

Primeira impressão da cidade de Tanba

Pelo visto, bicicletas eram meios de transporte bem populares lá em Tanba

No carro com Shinji, indo pra fazenda!

Chegando na fazenda... Essa plantação de arroz já era do Shinji, e a casa ficava pra outra direção (eu tava tirando foto de costas pra casa)

A casa de madeira era do Shinji, e nós voluntárias morávamos numa casinha ao lado (próxima foto). Mas íamos fazer as refeições na casa do Shinji com ele e a mulher dele.

Essa era nossa casinha! Era muito legal, tinha um banheiro químico na parte de fora, e o chuveiro também, em um local separado.

Logo atrás da nossa casinha tinha uma floresta. Mais à fundo tinha um pequeno e antigo cemitério, e dentro da floresta tinham shrines (templos taoístas, se eu nao me engano). No meu último dia na fazenda entrei na floresta pra explorar, aí no próximo post mostro pra vcs! Inclusive o cemitériozinho :3

A plantação de arroz! Shinji criava os patinhos na plantação de arroz pra eles serem controles biológicos de pragas: os patinhos comiam ervas daninhas e insetinhos que poderiam atacar a plantação. Super legal, né? Não sei se dá pra ver na foto, mas esses fios que passava em cima da plantação de arroz é pra os patinhos não serem atacados por predadores que vem do céu...